quinta-feira, dezembro 04, 2008

Poesia de quinta-feira

Era quinta-feira e ela ia-se embora.

Como se isso fosse poético
Peguei-lhe na mão e disse-lhe para não ir.
Ela encolheu os ombros
Como se tivesse de ser
E nós, ali no meio do amor, nunca compreendemos isso das necessidades

Eu disse-lhe
“a mim, não faz falta nenhuma que vás
“nem tenho gosto na tua partida
“nem acho graça a angústia de ficar assim à espera”

E ela disse que não me angustiasse
Porque volta depressa
E as angústias fazem dores de barriga

E eu sorri porque achei graça.