terça-feira, maio 16, 2006

Apontamentos da vida de uma pessoa como qualquer outra

A certidão atestava: sete e quarenta e cinco da tarde, a hora da sua morte. Sabe-se que, sobre a mesa de cabeceira, ao lado da cama e do corpo prostrado, existiam balas. Não chegaram a ser usadas. A que foi usada, a tal que lhe perfurou o crânio às sete e quarenta e cinco da tarde - pelas contas do médico legista -, terminou na parede. Nem uma palavra sobre quem a disparou. Pode até ter sido o morto, mas isso é trabalho para os forenses. Da pistola, não ouvi falar. Mas devia haver uma.

1 Comments:

Blogger B said...

citando-te: Spooky

4:36 da tarde  

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