A Coitadinha
(A noite passada, eu tive este sonho.)
-Coitadinha sou eu, há mais de dez anos, fechada dentro desta cabeça e destas paredes.
-Would you please take your unfortunate and miserable reality the fuck out’a here?
-Coitadinha sou eu, há mais de dez anos, fechada dentro desta cabeça e destas paredes.
(E, repetindo a frase como que rezando, assim se foi A Coitadinha, trôpega e alheada, por entre os pinheiros, devagarinho. E eu senti a mais dolorosa compaixão por aquela mulher de cabelo amassado, a reclamar um banho que há muito que tarda, de olhar azul e ausente, enlouquecida, vestindo uma bata de mulher do campo por cima das outras roupas e calçando uns botins de borracha encarnados. E o homem, um homem enorme e desconhecido, que estava comigo, de olhos lacrimosos e voz embargada, “you shall never, ever, pity her... it’s even worse”.)
-Coitadinha sou eu, há mais de dez anos, fechada dentro desta cabeça e destas paredes.
-Would you please take your unfortunate and miserable reality the fuck out’a here?
-Coitadinha sou eu, há mais de dez anos, fechada dentro desta cabeça e destas paredes.
(E, repetindo a frase como que rezando, assim se foi A Coitadinha, trôpega e alheada, por entre os pinheiros, devagarinho. E eu senti a mais dolorosa compaixão por aquela mulher de cabelo amassado, a reclamar um banho que há muito que tarda, de olhar azul e ausente, enlouquecida, vestindo uma bata de mulher do campo por cima das outras roupas e calçando uns botins de borracha encarnados. E o homem, um homem enorme e desconhecido, que estava comigo, de olhos lacrimosos e voz embargada, “you shall never, ever, pity her... it’s even worse”.)
1 Comments:
Diego,
Esse velho era o sábio da história... :)
bisous.
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