A Beata da Sé
Vai em transe, Maria José,
tão devota em penitência,
pelas naves da velha Sé
arrastando a existência
sem palavras, pé ante pé,
de agravada subserviência
tão pequena Maria José,
sem alma, corpo ou pertinência.
E o chão sagrado que pisa a medo
fica indiferente ao polimento.
É o chão calado que, em segredo,
guarda os pecados do pensamento
que Maria José em pobre enredo
arruma em passos de arrependimento.
tão devota em penitência,
pelas naves da velha Sé
arrastando a existência
sem palavras, pé ante pé,
de agravada subserviência
tão pequena Maria José,
sem alma, corpo ou pertinência.
E o chão sagrado que pisa a medo
fica indiferente ao polimento.
É o chão calado que, em segredo,
guarda os pecados do pensamento
que Maria José em pobre enredo
arruma em passos de arrependimento.
1 Comments:
Bom, o início fez-me lembrar aquela da Calçada da Carriche e o sobe-Luísa-sobe...
Enviar um comentário
<< Home